sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O grão de areia..


Por vezes nem sempre vemos que o tempo passa a correr...
Nem sempre vemos que a vida é tão curta, que nem sequer temos tempo para fazer aquilo que mais gostamos.
Mas que vida é esta?
De onde vem?
Num mundo tão vasto, num universo tão profundo, no meio de milhares e milhares de pessoas e à tantos biliões de anos de existência humana, quem sou eu?
Sou como o vento, vou e venho...
Sou como as nuvens que andam e não sabem quando vão parar...
Sou tão minúscula que pareço um pequeno grão de areia trazido pelo mar e guiado pelas estrelas.
Quem sabe o que me vai aparecer pela frente?
Quem sabe se estou no norte ou no sul?
Somos tão minúsculos que nem devíamos ter o poder de fazer mal aos outros, nem devíamos ter a capacidade de pensar, porque "pensar incomoda como andar à chuva", porque pensar rouba-nos o êxtase de contemplarmos a natureza, de a olharmos e a amarmos como ela sempre nos amou, porque "pensar é estar doente dos olhos".
E quando pensamos, quando avaliamos o mal que o pequeníssimo grão pode fazer à humanidade, ficamos desgostosos por não conseguir pôr um ponto final em tudo o que começámos.
E por fim, aparece algo extremamente diferente, algo que não se possa fazer nada para impedir, sentimo-nos desesperados, completamente impotentes, e mais tarde, vemos que podíamos ter dito a toda a gente que são importantes, que são amigos e que os amamos do fundo do coração...

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