segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tu..

Por vezes no silêncio da noite, nesta escuridão penetrante que me envolve, neste tempo que insiste constantemente em avançar, eu fico parada apenas a olhar uma fogueira.
Olho o fogo e milagrosamente recordo-me do teu rosto, visualizo cada traço teu.
O calor desse fogo é o calor que sinto quando os nossos corpos se unem como se fossem um só, um calor que transmite o amor e o carinho de toda uma vida.
Parece que sinto o pequeno toque dos nossos lábios, um toque tão simples que significa todo o afecto que temos, um toque que marca, um toque perfeito!
Quando dou por mim estou a viajar por entre as labaredas de uma fogueira, um fogo que se pode apagar com um simples copo de água. Pois água aqui, só a dos rios da vida...e os nossos já estão unidos. As suas águas caminham lado a lado, partilham tristezas e alegrias e cumprimentam todos aqueles rios que se vão juntando para chegarmos à foz e tornarmo-nos no vasto oceano.
Espero que por muitas pessoas que se juntem a nós na nossa caminhada até à foz, nunca nenhuma delas polua o nosso rio com intrigas, com mentiras que nos possam dividir.
Mas por muitos rios que apareçam, por muita água que se atire, a fogueira poderá apagar-se, mas o fogo que existe entre nós jamais se apagará, pois esse, não é um fogo qualquer, é o fogo que existe entre duas pessoas unidas, é o amor que sentimos um pelo outro, e esse, perdurará para além da nossa foz, para além da nossa existência.
Porque o "amor é fogo que arde sem se ver".